- Papai no Controle
Aborto espontâneo - Esteja presente!

Esses dias, fui todo feliz perguntar como andava a gravidez de um velho amigo meu! Que baque! Nossa conversa foi estancada com uma notícia chata, muito triste! Eles tinham perdido o bebê.
O termo aborto espontâneo ou involuntário é o termo usado quando a gravidez com menos de 20 semanas de gestação é interrompida. Gravidez é sempre uma caixinha de surpresas e cada bebê é único. Durante a gestação da Tarsila, enfrentamos a diabetes gestacional e já na última semana uma suspeita de lábio leporino. Graças a Deus vencemos e ela nasceu perfeita!
Nessa segunda gestação o desafio foi ainda maior! Os hormônios t3 e t4 da mamãe não chegavam a um nível de segurança e o risco de perder o bebê era real. Logo no início, passamos por um baita susto e corremos para nossa medica de confiança. Mamãe passou a usar hormônios para sustentar a gestação até que conseguimos normalizar.
E porque estamos falando desse terrível assunto para os papais?
Pesquisas apontam que 25% das gestações terminam em aborto espontâneo, sendo a maior parte nos três primeiros meses de gravidez. Por números como esses que defendo a companhia do pai em todas as consultas. Isso é de fundamental importância para o crescimento da família. Que esse período seja vivido por ambos e que toda informação que chegue seja acompanhada em conjunto.
Uma MÃE, por mais forte que ela seja, vai precisar do apoio e consolo do pai nessas e em tantas outras horas.

É dever do pai, estar lá para toda e qualquer notícia, se em algum momento você não souber o que falar, apenas respire fundo, acolha sua esposa em seus braços dia: Eu estou aqui! Pode parecer simples, mas ela precisa ouvir que tem um castelo forte ao seu lado e tudo aquilo passará.
Não deixe o sentimento de culpa ou remorso se aproximar de vocês, papai e mamãe lutaram juntos por essa gravidez e juntos enfrentarão e testemunharão todas as novas alegrias.
E para os desavisados de plantão, vamos deixar algumas dicas para que você não saia piorando ainda mais o momento dos outros!
Nunca diga:
“Não fique triste. Não era para ser”
“Com o tempo você vai arrumar outro filho”
“Você é fraca, não conseguiu segurar o bebê”
“O que aconteceu dessa vez? ”
“Você tem certeza de que quer mesmo ter outro bebê? ”
“Ainda bem que você estava no começo da gravidez”
“Não fique mal. A criança poderia ter nascido com algum problema de saúde”
“Talvez a maternidade não seja para você”
Esses e outros comentários podem prolongar ainda mais a dor e o luto da família.